Amauri Pollachi, diretor de Relações Externas da APU, foi um dos convidados do 7º episódio do podcast Agostinho Teixeira Investiga, do canal allTV. O programa foi ao ar nesta segunda-feira, 30 de outubro, e tratou do tema “Privatização da Sabesp – quem ganha, quem perde”. Também participou da discussão Pedro Luiz Côrtes, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) e professor da Universidade do Porto em Portugal.

Durante o programa, os convidados discorreram sobre os serviços prestados pela Sabesp, investimentos, subsídios, tarifas, riscos da privatização e universalização do saneamento, entre outros. Para eles, não há uma explicação razoável para a privatização da companhia, pois é uma empresa sólida, bem administrada e com capacidade técnica. Além de ser eficiente, lucrativa, oferecer serviços de saneamento com qualidade e repassar verba para o governo do estado de São Paulo.

Amauri Pollachi reforçou que o saneamento é um monopólio natural e o projeto de privatização da Sabesp, feito pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desmerece a gestão pública dos serviços de saneamento feita nos últimos cinquenta anos. O engenheiro explicou que a Companhia já forneceu água para mais de 30 milhões de pessoas, possui altos indicadores que inclusive melhoraram o índice de mortalidade infantil, de saneamento e de saúde pública, pois a água é de boa qualidade. Também, segundo o diretor da APU, é feita a coleta e o tratamento de esgoto em 310 cidades do estado de São Paulo e pode alcançar a universalização dos seus serviços. “O projeto do Tarcísio é anti-paulista e só vai prejudicar nossa população”, opinou.

Dando continuidade em sua fala, Amauri citou a falta de confiabilidade e da qualidade do estudo apresentado pelo governo de SP para a privatização da Sabesp. Amauri também apresentou um documento intitulado “Tudo que esconderam sobre a privatização da Sabesp e você não sabe”, disponível na APU, Sintaema e ONDAS, que desmente o estudo e os argumentos apresentados pelo governo de São Paulo, entre eles, tarifas e antecipação da universalização do saneamento, caso ocorra a privatização da companhia.

Na conversa ainda foram abordadas as manifestações que vêm ocorrendo com engajamento da população, movimentos sociais e entidades, entre elas, a APU. Neste contexto, acontece também um trabalho político dentro da Assembleia Legislativa para enfrentamento jurídico contra a privatização da Sabesp.

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