Fonte: https://jornalggn.com.br Por Luis Nassif -24/06/2020
Por esse modelo, não apenas haveria a privatização da distribuição da água, mas também a concessão do uso da água para setor privado. Aí começa um tema complicado.
Há uma antiga discussão sobre modelos de gestão no saneamento.
Tem-se, de um lado, as empresas públicas, algumas com problemas de gestão e de interferência política. De outro, as empresas privadas, igualmente com problemas de interferência política e pouco empenho na universalização do saneamento. E, principalmente, com o objetivo focado no aumento da rentabilidade.
Há uma fé cega que a empresa que se guia pelo lucro é mais eficiente. Depende dos objetivos dessa eficiência. Sem uma boa regulação, o aumento do lucro pode ser perseguido com redução do atendimento aos consumidores – como ocorreu com as distribuidoras de energia em São Paulo, por exemplo. Ou se abandonar as metas de universalização pela seleção das regiões mais lucrativas.
De certo modo foi o que ocorreu em São Paulo com a Sabesp. Apesar de alguns problemas pontuais, a empresa sempre foi das mais eficientes do setor. Quando, sabe-se lá por que, foi instada a abrir capital na Bolsa de Nova York, o foco central da empresa foi melhorar o balanço. E isso se deu com o abandono da universalização e da piora do atendimento em várias cidades.
O modelo ideal
O modelo ideal seria o seguinte:
- Metas claras de universalização do atendimento e modicidade tarifária.
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