“A questão do saneamento é fundamental”, enfatizou Francisca. Para defender e reforçar a importância da Sabesp pública, a especialista enfatizou que Itatinga tem 97% de cobertura e que com mais dos índices de investimento a cidade baterá a meta da universalização – 99%, segundo a lei 14.026. “E o que vai restar é a população rural. Infelizmente se não tiver no escopo do contrato de programa assinado com a Sabesp é mais difícil de atender”, explicou.
Segundo a diretora da APU, a companhia prevê fazer a universalização no estado até 2030. “Não vamos esperar até 2033″.A especialista salientou que nos últimos anos, a Sabesp foi responsável por 30% de todo investimento em saneamento realizado no Brasil. E para os próximos anos, está previsto investir mais 26 bilhoes”.
“A Sabesp é uma das maiores empresas do mundo e possui indicadores superiores a muitos países da Europa”, reiterou Francisca e criticou o fato de que “nos últimos 10 anos, do lucro de 21 bilhões obtidos, a companhia repassou 3 bi para os cofres públicos. Só este ano, foram repassados 486 milhões para o Estado de São Paulo, que não repassa um centavo para a Sabesp”. Desta forma, conforme pontuou a especialista, todas as obras de melhorias das condições de rios, como o programa de despoluição do Pinheiros, do Tietê, “que ainda é um esgoto a céu aberto”, são feitas pela Sabesp com recurso próprio. “Que empresa privada vai investir bilhões para despoluir rios a fundo perdido para a sociedade?”, questionou, acrescentando que a Sabesp é a única empresa do mundo que despolui rios”. Em outros países, conforme sublinhou Francisca, este trabalho é de responsabilidade dos estados.
A fala de Francisca Adalgisa pode ser vista na íntegra neste link (começa em 2:45 min do vídeo).