Organizado pelos urbanitários, o protesto aconteceu na Bolsa de Valores de SP para denunciar a crescente mercantilização da água e da energia elétrica, serviços essenciais para toda a população. A APU foi representada por sua diretora de Projetos, Francisca Adalgisa da Silva.
Nesta terça-feira, 14 de fevereiro, a Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp – APU participou de mais um ato em defesa do saneamento público em São Paulo. Desta vez, a mobilização aconteceu em frente à Bolsa de Valores (B3) de SP para denunciar a crescente mercantilização da água e da energia elétrica, serviços essenciais para toda a população. A APU foi representada por sua diretora de Projetos, Francisca Adalgisa da Silva.
O ato contou com a presença de nove parlamentares, incluindo Emídio de Souza (PT), coordenador da Frente Parlamentar contra a Privatização da Sabesp, e Eduardo Suplicy, representantes de sindicatos, de movimentos sociais e coletivos, além dos trabalhadores dos setores de saneamento e energia elétrica.
Sob o tema “Água e Energia não são Mercadorias!”, o protesto foi organizado pela Confederação Nacional dos Urbanitários (CNU), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Federação Nacional dos Trabalhadores em Água, Energia e Meio Ambiente (Fenatema) e Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (ONDAS).
Com este ato, os envolvidos pretendem esclarecer à população sobre os riscos que as privatizações das empresas públicas dos dois setores representam, como o aumento das tarifas e das contas, a exclusão dos serviços às famílias mais vulneráveis e a precarização das atividades, falta de acesso ao saneamento, o que afeta a qualidade de vida e a saúde pública; energia elétrica mais cara, cortes na produção das empresas e desemprego, entre outros.
Falando em nome da APU, Francisca Adalgisa, reforçou que a venda da Sabesp diz respeito à vida, à qualidade de vida da população paulista e é muito importante que todos participem de atos contra a privatização da Sabesp. A diretora questionou o posicionamento do governador de São Paulo,Tarcísio de Freitas, de ser favorável à privatização sabendo que a população mais vulnerável e periférica pode ser prejudicada com relação aos serviços de água, saneamento e esgoto.
“Estamos representados por movimentos sociais, movimentos de habitação, movimentos de moradia, movimentos das mulheres, e os sindicatos. O que representa que a venda da Sabesp extrapola o sindicalismo setorial e ele permeia todas as entidades sociais e a sociedade”, frisou. “É importante que a sociedade que hoje passa aqui e olha para nós com certo distanciamento se envolva nessa luta e faça frente à esta situação de risco que o governo do estado coloca a população paulista. Porque ele vende a Sabesp, acaba o governo dele, faz as malas e vai embora. Quem é que vai ficar com o prejuízo pela venda da Sabesp? Somos nós, cidadãos paulistanos, e não podemos permitir que ele venha aqui desfazer de um patrimônio construído pela tarifa paga pela população paulista ao longo desses últimos 50 anos”, reiterou Francisca Adalgisa, sublinhando que é preciso mibilização “e que esse movimento ganhe as ruas, as periferias e os movimentos sociais para fazer frente a frente com esse senhor que não conhece São Paulo e que fez um pacto com o mercado e não com a sociedade paulista”, criticou e reforçou que “precisamos, sim, encorajar todos esses movimentos presentes, incorporar a luta, ombreados, lado a lado, e vencer essa proposta que o Tarcísio trouxe para nós de destruição do nosso maior patrimônio”.
Também estiveram presentes Amauri Polachi, diretor de Assuntos Institucionais da APU e diretor do Ondas, Ronaldo Coppa, representante dos empregados e empregadas da Sabesp no Conselheiro de Administração da empresa, e Cid Barbosa Lima Junior, profissional eleito para o Conselheiro Deliberativo da Sabesprev.
Assista aqui ao evento na íntegra
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