Telma de Cássia Santos Nery
“Nós fizemos a reforma sanitária que criou o SUS, mas o núcleo dele, desumanizado, medicalizado, está errado. Temos de penetrar no coração desse modelo e mudar. Qual o fundamento? Primeiro a promoção da saúde e não da doença. O SUS tem de, em primeiro lugar, perguntar o que esta acontecendo no cotidiano e na vida das pessoas e como eu posso interferir para torna-la mais saudável.” (Sergio Arouca, 2002)
Importante frase de Arouca que responde a essência das atividades do SUS, do qual a vigilância da qualidade da água é parte integrante.
Hipócrates, pai da medicina, apontava que as causas das doenças e suas curas estavam relacionadas não somente às características individuais, mas também ao modo de vida e aos fatores do clima e da região. Seu tratado “Dos ares, águas e lugares” traz um conceito bastante amplo sobre saúde e doença.
O perfil epidemiológico de adoecimento no Brasil e no mundo tem se alterado. A epidemiologia ambiental nos aponta vários fatores intrinsicamente relacionados à poluição do ar e à exposição a substancias químicas, dentre outros, provocando patologias crônicas de natureza neurológica, hepática, endócrina e carcinogênica que se mostram como importantes fatores de adoecimentos e óbitos. Dada a carga multifatorial relacionada à etiologia destes problemas, todos os fatores ambientais devem ser investigados, analisados e considerados. Há inúmeros estudos que apontam para essa relação com o ambiente.
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