O ano de 2019 foi marcado por acontecimentos importantes na trajetória da APU que impulsionaram a atuação estratégica da entidade em defesa da Sabesp e do setor de saneamento.
Em âmbito nacional, 2019 foi marcado pela posse de novos governantes no país e nos estados, com forte viés de redução da presença do setor público na economia e de retirada de direitos trabalhistas e sociais. O povo brasileiro foi impactado por uma forte reforma da previdência e um crescimento econômico muito baixo, acompanhado de elevada taxa de desemprego e aumento expressivo da informalidade e da precarização do trabalho.
No setor de saneamento as notícias também não foram as melhores. Apesar da grande luta e articulação política das entidades e dos trabalhadores, em dezembro houve forte abalo nas estruturas jurídico-legais do setor com a aprovação da mudança do marco regulatório pela Câmara dos Deputados por meio do Projeto de Lei 4.261/19. Agora caberá ao Senado avaliar esse projeto, que, se for aprovado sem alterações, já seguirá para a sanção presidencial. Em caso de haver alterações pelos senadores, o PL retornará à Câmara.
O cenário econômico e político exigiu muita luta para a manutenção de direitos sociais e trabalhistas conquistados nos últimos 50 anos. Em poucos meses houve forte ataque para sua destruição em nome de um modelo capitalista neoliberal que visa aviltar o trabalho digno em favor da concentração de renda cada vez maior em favor dos mais ricos, isto é, aqueles que representam 0,01% dos brasileiros. Neste cenário, as desigualdades sociais aumentaram e poderão ser ainda mais agravadas se a privatização do saneamento for ampliada na forma como prevê o PL 4231/19.
Nós da APU estivemos à frente da luta, ao lado de entidades de todo pais, recorrendo a todos os recursos possíveis para tentar impedir a aprovação do PL, da privatização e da precarização do saneamento. Perdemos a batalha de dezembro, mas seguiremos juntos na luta em 2020 e não daremos vida fácil para os políticos que traem e desprezam a sociedade, que defendem grupos de interesse e que divulgam inverdades e imagens distorcidas da realidade.
A retrospectiva das principais ações da APU em 2019 nos inspira para as lutas de 2020, com o apoio de nossos associados.
MARCO REGULATÓRIO DO SANEAMENTO.
A discussão legislativa sobre as alterações no marco regulatório do saneamento teve início em 2018 com a MP 844/18, que perdeu validade em novembro daquele ano. Um dos últimos atos do governo Temer foi editar a MP 868/18 – quase cópia da MP anterior, em acordo com a equipe do novo governo. Após muita pressão das entidades que atuam no setor e sem apoio político necessário para a sua aprovação, essa nova MP também perdeu a sua validade em junho e foi arquivada.
Em julho, o Projeto de Lei 3261/19, de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) e conteúdo similar à MP, chegaram à Câmara dos Deputados, facilitando sobremaneira a privatização do setor de saneamento com clara intenção de extinguir as companhias estaduais. Além de apresentar os mesmos pontos que foram altamente questionados pelas entidades representativas do setor, contém vícios de inconstitucionalidade que ferem o pacto federativo e não encaminha soluções para a universalização, o atendimento social bem como cria diversas dificuldades e inseguranças jurídicas devido a:
- A nova definição da titularidade dos serviços públicos de saneamento básico, que afeta a organização e a autonomia dos Municípios e do Distrito Federal;
- O impedimento dos entes federados exercerem seu direito constitucional de programar a cooperação Inter federativa e a gestão associada de serviços públicos, pois veda a celebração do Contrato de Programa;
- A obrigatoriedade de estabelecer a regionalização sem obedecer aos instrumentos previstos nos Artigos 25, § 3º, e 241 da Constituição Federal;
- O condicionamento de acesso aos recursos à implantação de ‘novo’ modelo inconstitucional, inclusive com a obrigatoriedade de alienação dos ativos das empresas e a realização de concessões e PPPs, que são prerrogativas dos entes e não podem ser impostas.
Muitos especialistas avaliam que a proposta de alteração do marco regulatório do saneamento vai desestruturar completamente a política nacional de saneamento básico com a destruição das companhias estaduais de água e esgoto, além de provocar a maior insegurança jurídica do setor desde o fim do PLANASA em 1986 e os conflitos sobre a titularidade dos serviços de saneamento básico que foram dirimidos pelo STF, após 13 anos de tramitação das ADI’s 1842-RJ e 2077-BA.
APU NA LUTA CONTRA A DESTRUIÇÃO DA SABESP
APU esteve presente em todas as etapas de discussão da MP 844 até a aprovação do PL 4261 em dezembro de 2019, a seguir listamos algumas das principais atividades realizadas pela entidade:
Reuniões com prefeitos paulistas
- Em março a APU, representada pela Diretora Presidente, Francisca Adalgisa da Silva, e o SINTIUS estiveram em Pedro Toledo com os prefeitos dos municípios do Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira (CODIVAR), discutindo a MP 868/2018 que altera a legislação vigente do setor de saneamento e divulgando o Manifesto do Fórum das Entidades da Sabesp, contrário às alterações do marco legal do saneamento por medida provisória e sem amplo debate.
- Buscando o envolvimento de parlamentares e do poder concedente contra a MP 868/18, a APU esteve presente reunida com o deputado Roberto Engler (PSB), e com os assessores da Deputada Graciela Davi, e com o prefeito de Franca, Gilson de Souza, que se comprometeu em tentar uma agenda para conversamos com o presidente da câmara de deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
- A APU e o Sintaema estiveram presentes na reunião do CBH do, realizada em Itapetininga em 29/03 também para debater a MP 868/2018 com os 19 prefeitos presentes e dezenas de representantes da sociedade civil e do Estado.
Audiências Públicas, reuniões e seminários para discussão do PL 3261/19
APU E DEMAIS ENTIDADES DA SABESP SE REÚNEM COM PRESIDENTE BENEDITO BRAGA
O presidente da Sabesp, Benedito Braga, e o Superintendente da CH, Nilton João, em 14.03.2019 receberam a Associação dos Profissionais da Sabesp-APU, a Associação dos Engenheiros da Sabesp-AEsabesp, a Associação Sabesp, a Associação dos Aposentados e Pensionistas da Sabesp-AAPS e a Associação dos Administradores da Sabesp – ADMsabesp.
A reunião teve por objetivo ao presidente algumas questões que são pontos de grande preocupação para os trabalhadores da Sabesp como a alteração do Marco Regulatório que desestrutura o setor de saneamento e a privatização da Sabesp, que tem sido veiculada na imprensa e apresentada ao mercado financeiro pelo atual secretário da Fazenda, Henrique Meireles.
As entidades manifestaram como primordial a manutenção da Sabesp como uma empresa pública, bem como a manutenção de um quadro técnico e operacional altamente qualificado, gerida por modelos de excelência que atendam às demandas de mercado onde a empresa está inserida. Também defendem a qualidade de vida dos trabalhadores, por meio da manutenção dos planos de saúde e da sustentabilidade da Sabesprev, e a revisão do atual Plano de Cargos e Salários, com foco na valorização dos quadros técnicos e operacionais e com o oferecimento de horizontes de progressão justos e equilibrados, motivador para o desenvolvimento da vida profissional dos trabalhadores.
Sobre a mudança da lei de saneamento, Benedito Braga disse que ela não atende à universalização, pois despreza a escala regional que induz ao atendimento de municípios deficitários, entende como grave questão a vantagem para o setor privado numa desigual competição com as empresas estatais, pois não há indenização à estatal por investimentos por ela realizados e ainda não amortizados. Neste caso a empresa vencedora da licitação entraria nos municípios para operar os serviços praticamente sem custos, deixando a cargo dos municípios a indenização do Estado pelos investimentos realizados. Nas situações em que isto ocorreu a Sabesp somente conseguiu receber pelos ativos após muitos anos e por precatórios. Esta situação, segundo o presidente, faz com que as empresas privadas atuem com muita vantagem no mercado, prejudicando as estatais e ferindo o princípio da isonomia.
Seminário: “MP 868 e seus contrapontos
Em março, a APU e a AESabesp realizaram o Seminário “MP 868 e seus contrapontos” no auditório da Cetesb, em São Paulo. Estiveram presentes ao evento o presidente da Sabesp, Benedito Braga, o presidente nacional da ABES, Roberval Tavares de Souza, o ex-presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira, o deputado federal Samuel Moreira, a presidente da APU, Francisca Adalgisa da Silva e a presidente da AESabesp, Viviana Borges.
Em abril a APU participou de um ato em frente a Assembleia legislativa contra a privatização do setor de saneamento, na sequência, em conjunto com representantes do Sintaema, visitou os gabinetes dos deputados paulistas para explicar os danos e prejuízos para o setor de saneamento caso seja aprovado as mudanças da legislação para o setor sem um amplo debate com a sociedade
DOIS MIL SABESPIANOS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DO SANEAMENTO E DA SABESP
A APU – Associação dos Profissionais Universitários da Sabesp esteve presente nessa quinta-feira, 2 de maio, no maior ato contra a privatização do saneamento realizado em neste ano. Organizado pelo Sintaema, o evento reuniu dois mil trabalhadores em frente à portaria da sede da Sabesp, e contou com a participação do deputado federal Orlando Silva e da deputada estadual Bete Sahão, e também de representantes de associações e da FNSA.
MP 868/18 – PLV 8/19 | Milhares se juntam à luta contra a privatização do saneamento
Ato reuniu milhares de trabalhadores da Sabesp que mandaram o recado para os governos estadual e federal: não à privatização do saneamento!
A APU representada pelo Diretor Amaiuri Pollachi, participou do ato realizado pelos trabalhadores da Sabesp, em um novo protesto, realizado no dia 21 de maio contra a Medida Provisória (MP) 868. A proposta altera o marco legal do saneamento básico no país e facilita a concessão do setor à iniciativa privada.
O ato, em frente ao complexo da Sabesp em Ponte Pequena, região central da cidade de São Paulo (SP), também se posicionou contra a privatização da companhia. O projeto já foi anunciado pelo governo de João Doria (PSDB), que pretende captar R$ 20 bilhões com a venda da estatal.
Dia Nacional da Mobilização contra a MP do Saneamento
A APU participou no dia 13 de maio (segunda-feira), do “Dia Nacional de Mobilização contra a privatização do saneamento”, no Club Homs, na Av. Paulista, organizado pela ABES e com o apoio de instituições como o Sintaema, AESBE, FNU, Aesabesp, SINTIUS e FNSA.
A mobilização contou com a presença de trabalhadores da Sabesp e entidades que lutam contra a privatização do saneamento, tendo o apoio dos deputados federais Orlando Silva (PCdoB) e Nilton Tatto (PT).
Seguimos na luta contra esse projeto que visa à privatização do saneamento e da Sabesp, a MP da sede e da conta alta.
O evento contou com a presença da Diretora Presidente da APU Francisca Adalgisa, que exaltou o público presente com seu discurso.
MOBILIZAÇÃO NACIONAL CONTRA A MP 868
No dia 23/04/2019, a APU representada pelo diretor de relações externas Amauri Pollachi, junto com representantes do ONDAS e da FNSA, estiveram no Congresso Nacional para dar continuidade no processo de articulação em defesa do saneamento público nas discussões sobre a MP 868.
Na agenda do dia, estava prevista reunião com a liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, onde foi produzida uma análise crítica e sintética sobre alguns artigos propostos pelo relator da MP, o Senador Tasso Jereissati, que atacam radicalmente as estatais de saneamento, criam insegurança jurídica e afetam a titularidade dos serviços.
A Presidente da APU, Francisca Adalgisa, participou de diversas audiências públicas e eventos para discussão da MP 868 e do Projeto de Lei nº 3261/19, na Câmara de Deputados em Brasília e na Assembleia Legislativa em São Paulo, entre os eventos mais importantes podemos citar:
- Audiência pública em 29 de agosto em Brasília, onde a representante da APU fez uma vigorosa defesa da Sabesp como empresa pública e alertou sobre o risco de perda de qualidade e aumento de tarifas que os paulistas sofrerão caso a empresa seja destruída ou privatizada, conforme pregam os defensores do PL.
- Em setembro, a APU participou da Audiência Pública Extraordinária, realizada no Congresso Nacional e esteve presente no Seminário “Os desafios da universalização do saneamento no Brasil”, realizado em 30 de setembro, na Assembleia Legislativa de São Paulo para debater as alterações no marco legal do saneamento básico contidas no Projeto de Lei nº 3.261/2019. Promovido pelo Sintaema, participaram parlamentares e representantes das entidades ASSEMAE, com Evandro Biancarelli, do DAE Jundiaí, ABES, com o presidente Roberval Tavares de Sousa e ONDAS, com o secretário executivo, Edson Aparecido da Silva. Houve grande ênfase na defesa da titularidade municipal no saneamento e da liberdade dos municípios para definição sobre a forma de prestação de serviços, manifestando oposição à obrigatoriedade para o município licitar e associar-se em blocos, contidas no PL.
- Em outubro a APU participou de seminário realizado pelo conjunto das Comissões CLP e Especial do PL 3261/2019, que aconteceu no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados. Em 30 de outubro, estivemos presentes à votação da Comissão Especial que aprovou o relatório do deputado Geninho Zuliani.
- A APU marcou presença no “Dia Nacional pela Universalização do Saneamento”, organizado pela ABES juntamente com a AESBE e a ASSEMAE, que reuniu profissionais do setor pelo Brasil. Em São Paulo foi realizado em 11/12 no Club Homs, com presença de 1.064 profissionais, do deputado federal Orlando Silva, que integrava a Comissão Especial da Câmara, e do prefeito de Rio Grande da Serra/SP, Gabriel Maranhão.
Além dos seminários, atos e audiências públicas, a APU também participou de diversas reuniões com deputados federais e representantes do setor. Foram mais de 30 reuniões em Brasília e em São Paulo, buscando apoio contra a aprovação das mudanças propostas para o marco regulatório. Também foram concedidas entrevistas à imprensa (rádio, TV, mídia digital):, https://bit.ly/2N8vAuN, https://bit.ly/2QBfPyP e https://bit.ly/35ANGMg, e divulgamos artigos trazendo o debate sobre o saneamento para a população. Em conjunto com outras entidades que atuam no setor, a APU produziu ou assinou diversas cartas abertas a população e manifestos que apontavam as distorções, os casuísmos e ilegalidades constantes no projeto de lei.
Documentos contra privatização do saneamento: https://www.apu.com.br/documentos/
Luta contra privatização ganha força no Congresso
Na tarde da terça-feira, 10/12, o auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados se transformou num verdadeiro espaço de defesa das empresas e serviços públicos. Por sugestão do deputado Glauber Rocha (PSOL-DF), a Comissão de Legislativa Participativa (CLP), que realizaria audiência para discutir a privatização das estatais, se juntou as entidades que promoviam mobilização para impedir a votação do PL nº 3.261/19, que altera o marco legal do saneamento básico no país, permitindo privatização das estatais do setor. O evento contou com a presença 500 trabalhadores do setor público. A APU participou do evento representado por sua Diretora Presidente Francisca Adalgisa, onde teve a oportunidade de manifestar contra a destruição de importantes empresas públicas e defender o setor de saneamento.
SANEAMENTO: UM DIREITO DE TODOS E UM DEVER DO ESTADO
O sonho da universalização do saneamento no Brasil está cada vez mais distante. Isso porque em 12/12, uma manobra legislativa no plenário da Câmara dos Deputados terminou por aprovar o Projeto de Lei 4162/2019, proposto pelo Governo Federal, que incorporou com pequenas alterações o texto do relatório aprovado em 30/11 pela Comissão Especial do PL 3261/2019. Com isso, agora cabe ao Senado aprovar o projeto ou modificá-lo. Na forma como está, a revisão do Marco Legal do Saneamento criará graves questionamentos no STF e na justiça comum. Os mais prejudicados serão os brasileiros mais pobres, que vivem sem acesso à água potável e ao esgoto tratado. Sob o pretexto de levar à tão sonhada universalização dos serviços, serão deixados bem longe desse sonho os municípios menores e mais pobres.
O ano de 2020 exige organização e mobilização dos trabalhadores do saneamento, das entidades representativas e da sociedade contra a privatização e a destruição das empresas estaduais de saneamento. Em São Paulo está ameaça paira sobre as cabeças da população e dos trabalhadores, a considerar as frequentes declarações do governador Doria. Precisamos estar alertas e dispostos para defender a maior empresa de saneamento da América Latina e uma das maiores do mundo: a Sabesp.
REPRESENTAÇÕES DA APU EM OUTRAS ENTIDADES
Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento – ONDAS
Mobilização nacional e integração de entidades sociais, sindicais e acadêmicas, são alguns dos objetivos do Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento – ONDAS, que se estrutura como um canal de produção e difusão de conhecimento e de atuação política direcionado ao direito à água e ao saneamento e à prestação por entidades públicas dos serviços de saneamento básico universalizados, acessíveis e de qualidade, com participação e controle social.
A APU, representada pelo Diretor de Relações Externas, Amauri Pollachi, esteve presente em 06 de fevereiro em Brasília na assembleia de fundação e de aprovação do estatuto da nova entidade. Amauri também faz parte do Conselho de Orientação do ONDAS junto com mais onze representantes de movimentos sociais, de trabalhadores e de universidades. A APU permanecerá apoiando as atividades do ONDAS em 2020 mantendo a parceria e contribuindo com artigos, análises políticas e na difusão de informações sobre o setor. Maiores informações em https://ondasbrasil.org .
Conselho Estratégico Universidade Sociedade – CEUS, da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP
Em março, o diretor Amauri Pollachi tomou posse pela APU no CEUS-UNIFESP, conselho que reúne 60 entidades de pesquisa, cultura, setores empresariais, movimentos sociais, gestão pública, legislativos, docentes, estudantes, trabalhadores e órgãos profissionais, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das atividades de pesquisa, ensino e extensão da UNIFESP. O CEUS colaborou com propostas e ações voltadas à superação dos obstáculos para a própria sobrevivência da Universidade, devido ao profundo corte nos recursos orçamentários pelo governo federal que perdurou durante quase todo o ano. Também colaboramos na discussão da proposta do programa “Future-se” e de seus efeitos sobre as universidades federais e apoiamos a elaboração de uma proposta de contraponto a esse programa que resultou no documento “Outro Futuro para as Universidades e Institutos Públicos”, divulgado em 2 de dezembro o “Outro Futuro” contém propostas para garantia do financiamento público e do caráter social do ensino superior, de defesa da gestão pública e de alterações legislativas para captação e recursos e parcerias.
Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – CBH-AT
Em março, a APU, representada pelo diretor Amauri Pollachi, foi eleita pelo segmento da sociedade civil para exercer a Vice-presidência do CBH-AT, no biênio 2019-2021. Elaborado em conjunto com todas as entidades, o planejamento para a atuação da Sociedade Civil destacou como prioridades a atuação no planejamento e gestão das áreas de mananciais, a implantação do Plano da Bacia, a avaliação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos, a redefinição do processo de indicação e acompanhamento de empreendimentos financiados pelo FEHIDRO e a adaptação às mudanças climáticas. Destacamos a bem sucedida articulação junto à Assembleia Legislativa para a elaboração de substitutivo ao PL 233/2018, que altera a Lei nº 12.233/2006 (Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais do Guarapiranga).
Também presente no Conselho Deliberativo da Fundação Agência da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê – FABHAT, a APU pautou-se pela fiscalização de suas atividades e defesa do fortalecimento da Agência para o pleno exercício de seu papel como braço executivo e técnico do Comitê. Para maiores informações sobre o CBH-AT e sua agencia acesse http://www.sigrh.sp.gov.br/cbhat ou www.comiteat.sp.gov.br.
A Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de São Paulo – CIEA-SP
A Comissão é um dos instrumentos da Política Estadual de Educação Ambiental do estado e é formada por representantes eleitos e indicados pelos respectivos órgãos e pastas.
Criada pelo Decreto Estadual n.º 63.456/2018, a CIEA tem como característica principal ser um órgão colegiado de Estado, um espaço formal de diálogo entre sociedade civil e governo para orientar a formulação de políticas públicas em Educação Ambiental. Por reunir representantes de diversos setores e secretarias, a CIEA-SP pode incidir também nas formas como políticas públicas diversas podem incorporar preocupações e cuidados com o meio ambiente, prevendo contribuições efetivas de processos educadores comprometidos com a cidadania e a participação social na gestão pública.
A APU foi eleita para Comissão como representante da sociedade civil e participou de diversas reuniões realizadas pela Comissão em 2019, colaborando com a construção de uma política de educação ambiental inclusiva e integradora.
Reunião Técnica sobre epidemiologia e saneamento ambiental
No dia 3 de junho, a APU, representada pela conselheira Dra. Telma Nery, foi realizado na sede da ABES, junto com a Associação Brasileira de International Society for Environmental Epidemology (ISEE/CAP), realizaram a “I Reunião Técnica de Epidemiologia Ambiental, Saneamento Ambiental e Carga Global de Doenças do Saneamento”.
O 30º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental da ABES
A APU, representada pelos seus diretores Francisca Adalgisa e Edson D. Soares, participaram do Congresso da ABES realizado de 16 a 19 de junho de 2019 no Centro de Convenções de Natal, no Rio Grande do Norte.
Promovido a cada dois anos e itinerando pelo Brasil, o CBESA é um dos maiores ventos realizados para o setor de saneamento no país e reúne profissionais do setor – de empresas públicas e privadas, acadêmicos, estudantes e especialistas internacionais, com palestras de alta qualidade técnica.
O Congresso acontece simultaneamente à Fitabes – Feira Internacional de Tecnologias de Saneamento Ambiental, feira de tecnologias de saneamento ambiental de toda a América Latina.
Feira “Integra MO”
Entre 30 de julho e 1º de agosto, a APU participou do “Integra MO: Somos Saneamento”, evento da UN Oeste voltado para o compartilhamento de melhores práticas e equipamentos inovadores utilizados nos serviços de saneamento. Contamos com a presença de diversos sabespianos, dentre eles estiveram presentes alguns diretores da APU, Bruno Carvalho, Francisca Adalgisa e Eliana Guardia.
Roda de conversa sobre alimentação
Em 19 de agosto, a APU, junto ABES e AESabesp, promoveu a Roda de Conversa sobre Alimentação em que palestras de especialistas sobre o tema divulgaram informações para a alimentação saudável. Ao final da roda de conversa, com presença da diretora-presidente Francisca Adalgisa, foram sorteados uma cesta de produtos orgânicos e livros sobre alimentação e nutrição aos participantes. O evento foi realizado no Auditório Eng. Tauzer Garcia Quinderé – Pudim.
Expo Sul 2019: Saneamento sem Fronteiras MS | MM | MA
A APU entre os dias 20 e 22 de agosto esteve presente na Expo Sul 2019 promovida pelas Unidades de Negócio Sul, de Produção de Água e de Manutenção Estratégica, reunindo projetos, inovações e processos relacionados ao setor de saneamento. No estande da APU divulgamos a nossa combativa história de lutas em favor da Sabesp e do saneamento e dialogamos com os gerentes, universitários, técnicos e operacionais das UNs.
30° Encontro Técnico AESabesp/ FENASAN 2019
Realizado entre 17 e 19 de setembro no Pavilhão Branco do Expo Center Norte/SP, o 30º Encontro Técnico e FENASAN promovido pela AESabesp mobilizou a comunidade sabespiana em geral A APU esteve presente com um estande em que conselheiros e diretores puderam esclarecer dúvidas sobre planos de saúde, SABESPREV, FUNCESP e a atuação da APU na Sabesp e no saneamento. Foi uma excelente oportunidade para aprofundarmos o diálogo com aproximadamente 200 associados e universitários que passaram pelo estande. No último dia de evento foram distribuídos brindes aos associados, além de kits para aqueles que ali se associaram.
Consciência negra: mercado de trabalho, educação e a questão racial
Em 29 de novembro, em parceria com as equipes de voluntariado e responsabilidade socioambiental das Unidades de Negócio Sul e de Produção, no Auditório do ABV em São Paulo, a APU patrocinou uma palestra sobre Conscientização Negra, proferida por Jorge Costa, professor e pesquisador, especialista sobre as contribuições dos povos africanos para a matemática. Jorge destacou questões históricas em relação à população negra, suas contribuições para a literatura e a matemática e as desigualdades salarial e de emprego e comentou as novas abordagens das empresas e da representatividade, abrindo diálogo com o público presente com seus próprios exemplos vivenciados.
II Encontro Tecnológico: Tratamentos e Fontes Alternativas não Potáveis – Unidades Pré-Fabricadas
Após o sucesso da primeira edição, em 11 de dezembro aconteceu em São Paulo o II Encontro Tecnológico: Tratamento e Fontes Alternativas não Potáveis – Unidades Pré-Fabricadas. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Seção São Paulo (ABES-SP), por meio da Câmara Técnica de Saneamento e Saúde em Comunidades Isoladas (CTCI/ABES-SP), e contou com o apoio institucional da Associação dos Engenheiros e Especialistas da CETESB e do Meio Ambiente, da APU, da Agência das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, da AESabesp e da Acqualimp. O encontro apresentou os resultados da primeira edição do evento e divulgou alguns produtos e equipamentos disponíveis no mercado para o tratamento de efluentes e fontes alternativas não potáveis. Na mesa de abertura, a APU esteve representada pela diretora-presidente Francisca Adalgisa.
Planos de Saúde
Desde o Acordo Coletivo de 2013 a Sabesp se comprometeu, reiteradamente, com a elaboração de uma nova modelagem para os Planos de Saúde, considerando a possibilidade de estabelecimento de um plano único com a participação de ativos e aposentado. Nossa manifestação em várias oportunidades sempre no sentido da viabilização de planos de saúde economicamente viável e suportável para o orçamento dos funcionários ativos e aposentados. Depois de muita luta, em 2019 a Sabesp internalizou os planos de Saúde e em 1º de agosto a Fundação Cesp (Funcesp) iniciou a operação dos novos planos de saúde.
A APU participa da Comissão de Saúde, formada pelo CH, visando a transparência da gestão, continuamos acompanhando o processo e discutindo com a empresa soluções de problemas e propostas que tragam melhorias na assistência médica para os dos trabalhadores e seus dependentes
Fundação Sabesprev
Com assento no Conselho Deliberativo da Fundação Sabesprev, a APU está presente
na gestão desta entidade que é responsável pela gestão dos recursos que irão
garantir a qualidade de vida dos trabalhadores da Sabesp em um dos momentos
mais importantes de suas carreiras; a aposentadoria.
Passo-a-passo, monitoramos o processo de migração dos planos de saúde para a
Sabesp, de forma que não houvesse maiores impactos na Fundação, e nossa luta
agora e pela manutenção da Sabesprev como gestora de planos previdenciários,
dada a sua excelência na gestão, basta ver a rentabilidade apresentada
para 2019. Em 2020, continuaremos a nossa luta pela manutenção da Sabesprev, a
APU entende que está instituição e um importante patrimônio da comunidade sabespiana
e deve ser preservada.
APU POR VOCÊ E PELO SANEAMENTO!