O presidente da Sabesp, Benedito Braga, e o Superintendente da CH, Nilton João, em 14.03.2019 receberam a Associação dos Profissionais da Sabesp-APU, a Associação dos Engenheiros da Sabesp-AESabesp, a Associação Sabesp, a Associação dos Aposentados e Pensionistas da Sabesp-AAPS e a Associação dos Administradores da Sabesp –ADMsabesp.
A reunião teve por objetivo apresentar as associações que compõem o Fórum das Entidades da Sabesp e entregar documento com um conjunto de propostas de melhoria dos processos de gestão da empresa. Também foram apresentadas ao presidente algumas questões que hoje são pontos de grande preocupação para os trabalhadores da Sabesp, a Medida Provisória 868/2018, que desestrutura o setor de saneamento, e a privatização da Sabesp, que tem sido veiculada na imprensa e apresentada ao mercado financeiro pelo atual secretário da Fazenda, Henrique Meireles.
As entidades manifestaram como primordial a manutenção da Sabesp como uma empresa pública, sustentada por um quadro técnico e operacional altamente qualificado, gerida por modelos de excelência modernos que atendam às demandas de mercado onde a empresa está inserida. Também defendem a qualidade de vida dos trabalhadores, por meio da manutenção dos planos de saúde e da sustentabilidade da Sabesprev, e a revisão do atual Plano de Cargos e Salários, com foco na valorização dos quadros técnicos e operacionais e com o oferecimento de horizontes de progressão justos e equilibrados, motivador para o desenvolvimento da vida profissional dos trabalhadores.
Sobre a MP 868/2018, Benedito Braga disse que ela não atende à universalização, pois despreza a escala regional que induz ao atendimento de municípios deficitários. Não concorda com o texto proposto e entende como grave a vantagem proposta para o setor privado numa desigual competição com as empresas estatais, pois não há indenização à estatal por investimentos realizados e ainda não amortizados. Neste caso a empresa vencedora da licitação entraria nos municípios para operar os serviços praticamente sem custos, deixando a cargo dos municípios a indenização ao Estado pelos investimentos realizados. Nas situações em que isto ocorreu a Sabesp somente conseguiu receber pelos ativos após muitos anos e por precatórios. Esta situação, com a MP segundo o presidente, faz com que as empresas privadas atuem com muita vantagem no mercado, prejudicando as estatais e ferindo o princípio da isonomia.
Quanto à privatização, informou que a decisão cabe ao acionista majoritário, o Governo do Estado. Sobre o atual ao plano de cargos e salários, o Presidente informou que já foi apresentada para alta direção da empresa, uma proposta de mudança do atual modelo de gestão e que a empresa pretende buscar um acordo com o CODEC para flexibilizar a gestão de pessoas. Quanto ao plano de saúde, ficou evidenciado que a empresa tem interesse na parceria com a Funcesp e pretende fechar um acordo com a maior brevidade possível.
Para as entidades, a Sabesp é a maior empresa de saneamento do Brasil e uma das maiores das Américas, reconhecida e valorizada pela população e altamente rentável, o que não justificaria um processo de privatização sem um amplo e profundo debate com a sociedade. Os funcionários que criaram e que mantém os níveis de qualidade da empresa reconhecem que a Sabesp precisa de permanente modernização de seu modelo de gestão, alinhado com as tecnologias de ponta disponíveis no mercado, e para isso atuam com entusiasmo e dedicação, sempre em busca do melhor para os mais de 26 milhões de paulistas atendidos pela Sabesp.